terça-feira, 21 de setembro de 2010

A palavra que grita no meu inferno pessoal é SOLIDÃO

É o fato de perceber que estou sozinha e que não tenho mais ninguém para chamar de melhor amiga, talvez.
Meu passado foi hilário.
A cada ano que eu fazia aniversário minhas amigas faziam um cartaz e colocavam no portão da minha casa logo pela manhã, meus aniversários eram comemorados com coxinha, bolo e refrigerante.
Meus finais de semana eram posando na casa das amigas, vendo filme e nos dias de calor brincando em uma piscina de mil litros ou jogando bexiga d'agua, eu não era sozinha, eu acreditava na amizade, e que nunca estaria sozinha, mas a vida prega peças.
Minha familia era normal, até um acidente. Que muitas vezes imagino e acredito que é apenas um sonho que vou acordar e ver que tudo foi um pesadelo e que tudo vai voltar ao normal. Não, não é assim, odeio a realidade e a situação que ela me coloca, e a verdade foi colocada na minha vida.
Me sinto a cada tempo mais sozinha, sem ânimo, sem dor nem plena felicidade.
As pessoas foram saindo da minha vida lentamente para não correr o risco de uma despedida.
Não sei se a dor é por saber que nada volta mais, ou descobrir que as pessoas mudam ou mostram suas verdadeiras faces um dia, mas a palavra que dói e toma conta, é a solidão.
As mesmas malditas quatro paredes do meu quarto, o choro engasgado na garganta a procura de um vício que mate toda essa nostalgia.
Mas sempre o efeito de qualquer coisa sai da mente, e a realidade volta, mais forte e dolorosa.

As vezes sinto vontade de me trancar no banheiro e me cortar inteira, para a dor na alma converter para a dor corporal. Mas de nada adianta, não quero a pena de ninguém, e mesmo assim, ninguém se importaria.
A vida é assim, a gente cresce e percebe que estamos só. Ou pelo menos eu cresci e percebi que sou apenas eu e a minha sombra, talvez.

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