quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Casas noturnas, baladas.

Balada.

Quem nunca foi em uma balada? Atualmente acredito que a maioria dos jovens (que não tenham restrição religiosa) já tenham frequentado pelo menos uma.
Pois a vida real não é igual Malhação que um adolescente cheio de idéias malucas na cabeça vai apenas em um lugar tomar um suco e depois vai ir praticar algum esporte.
É LÓGICO QUE NÃO.
Todo adolescente é meio retardado e é claro, todos querem conhecer o que há de novo, o que é a moda, aonde tem pessoas da sua idade ou com personalidade aparente à procura que exista alguém que o entenda.
Pô, é claro, aí vem a idéia da balada! 
Realmente, ainda não sei qual o motivo que faça existir isso ainda. Hoje em dia "balada" não é mais um local para você dançar, paquerar, ver amigos e dar risada.
Hoje em dia balada é um local que cerca de 99% das meninas frequentam procurando um rapaz rico, com uma chave de carro no bolso, uma corrente de latão enorme no pescoço e uma pulseirinha que esteja escrito "vip" e de preferência com um copo ou um litro de bebida na mão. E os rapazes com o carro do pai, a pulseirinha "VIP", e a bebida, também estão procurando uma menina que esteja disposta a fazer poses em frente a câmeras junto com ele, para render uma boa festa e mostrar que realmente estava "pegando" uma gatinha para os amigos. Assim como uma menina que procura um rapaz desses, quer mesmo é mostrar para amigas o "partido" que conseguiu na noite. 
Se tornou uma troca de falta de valores, vamos supor uma conversa sem todo o "nhenhenhe" que fazem, seria mais simples fazer assim:

Rapaz: Oi, você quer ficar comigo essa noite? Te ofereço bebida e depois vemos o que fazer, e amanhã você se arrepende, no máximo.
Menina: Sim, mas em troca, você me oferece status por uma festa?
Rapaz: É claro que sim! Você é bonita, preciso mostrar para meus amigos.

Fim de papo, é isso que rola ou que pelo menos eu vi até hoje.
Área VIP: PRA QUÊ EM BALADA? 
Dois motivos:
1- Ficar longe das pessoas com nível social diferente do seu;
2- Mostrar que você tem um status que na realidade não tem.

O real motivo em ir para uma balada hoje não é ver os amigos, esperar que algo realmente legal aconteça. Agora você vai para a festa, fica duas horas na fila, se perde dos seus amigos, encontra bêbados e bêbadas caindo pelos corredores ou escadas, e muitas vezes também o bêbado(a) é você.
Como diz um vlogueiro que admiro muito "você vai sair para tomar no cu". Realmente, não acontece algo inesperado, todos já sabem como vai ser a festa, quem vai estar e o que vai rolar no começo, no meio e no final.

Faz muito tempo que não vou em alguma balada, ou festa em local fechado. Mas as ultimas que fui, que pouco me recordo, percebi uma tremenda falta de respeito não somente entre uns e outros, mas o respeito sobre si mesmo é perdido. Digo isso com toda a minha sinceridade e minha falta de vergonha, pois, várias vezes já foi em casas noturnas para tentar me "distrair" e acabei percebendo que só tinham pessoas arrogantes e diferentes de mim no local e acabei bebendo até não aguentar mais.

Balada não é mais local para dançar, se você mecher um pouco seu braço você pode acabar queimado (a) de cigarro ou alguém pode esbarrar em você e te molhar com bebida, aí se você for do estilo nervosinho (a), você realmente se encrenca, faz aquele fiasco, quer matar todo mundo, e após tal vexame, é expulso da festa. E o pior, é que no dia seguinte você não vai lembrar o motivo para isso ter acontecido.

Dentro de uma casa noturna realmente é muito quente, são muitas pessoas, é normal sentir sede, uma cerveja, duas, três, depende do que te anima, e se você não dirige, não faz mal nenhum no meu ponto de vista ingerir álcool em uma festa, mas tudo quando é muito faz mal, e ninguém se arruma inteiramente para ficar caído no chão ou com a cabeça jogada em cima de uma mesa vomitando em si próprio, não acham?

Eu já fui em várias baladas, várias casas noturnas e de todas as vezes que fui, foram raras as vezes em que me diverti, adoro festas open air.
Mas o que pensei hoje, foi isso, baladas e casas noturnas, a troca de falta de valores entre si.
Mas vendo tudo como uma fase, que eu também já passei, acredito que existem duas opções ou quem sabe quatro:

*Ou você adora passar por todo esse perrengue que é estar em uma balada, pois com toda certeza você sabe como é.
*Ou você vai perceber em algum momento que não é algo muito legal isso e vai se cansar.
*Ou eu não gosto de balada fechada e escrevi a minha opinião aqui.
*E o blog é meu e eu escrevo nele o que eu quiser.



Isso é liberdade ou alienação para você?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A palavra que grita no meu inferno pessoal é SOLIDÃO

É o fato de perceber que estou sozinha e que não tenho mais ninguém para chamar de melhor amiga, talvez.
Meu passado foi hilário.
A cada ano que eu fazia aniversário minhas amigas faziam um cartaz e colocavam no portão da minha casa logo pela manhã, meus aniversários eram comemorados com coxinha, bolo e refrigerante.
Meus finais de semana eram posando na casa das amigas, vendo filme e nos dias de calor brincando em uma piscina de mil litros ou jogando bexiga d'agua, eu não era sozinha, eu acreditava na amizade, e que nunca estaria sozinha, mas a vida prega peças.
Minha familia era normal, até um acidente. Que muitas vezes imagino e acredito que é apenas um sonho que vou acordar e ver que tudo foi um pesadelo e que tudo vai voltar ao normal. Não, não é assim, odeio a realidade e a situação que ela me coloca, e a verdade foi colocada na minha vida.
Me sinto a cada tempo mais sozinha, sem ânimo, sem dor nem plena felicidade.
As pessoas foram saindo da minha vida lentamente para não correr o risco de uma despedida.
Não sei se a dor é por saber que nada volta mais, ou descobrir que as pessoas mudam ou mostram suas verdadeiras faces um dia, mas a palavra que dói e toma conta, é a solidão.
As mesmas malditas quatro paredes do meu quarto, o choro engasgado na garganta a procura de um vício que mate toda essa nostalgia.
Mas sempre o efeito de qualquer coisa sai da mente, e a realidade volta, mais forte e dolorosa.

As vezes sinto vontade de me trancar no banheiro e me cortar inteira, para a dor na alma converter para a dor corporal. Mas de nada adianta, não quero a pena de ninguém, e mesmo assim, ninguém se importaria.
A vida é assim, a gente cresce e percebe que estamos só. Ou pelo menos eu cresci e percebi que sou apenas eu e a minha sombra, talvez.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Será que tudo não passa de ilusão?

Me falaram uma vez, que as drogas são capazes de curar o amor, as vezes até acredito nisso, porém talvez sejam duas mentiras aparentes, sem nexo nem sentindo.
Mas nada passa de uma ilusão escrota e momentânea, porém que fazem a mesma coisa, viciam e mentindo pra si mesmo nos contrastes das vertigens ou da paixão, que nem eu e acho que ninguém consegue explicar que porra é essa. Já cheguei a conclusão que a paixão é uma mentira faz muito tempo, também já percebi que nenhum entorpecente vale a pena para ver tudo com outros olhos, fazem mal, mas ocultam a realidade.
O amor da amizade, familia ou até mesmo paixão sempre é uma ignição que muitas vezes não tem saída, ou salvação, então vem a fuga, de tudo e todos, a diferença e a indiferença.
Sentir sempre é algo tão difícil e doloroso, e a cada dor surge a vontade de fugir de pessoas, faces e de mim mesma.
As vezes a solidão é o melhor refúgio e a forma mais simples de não sofrer.
Então penso, para que tentar sonhar?
Mas também, qual seria o motivo da minha esperança? Ela não sai de mim, mesmo que as vezes tenho o pensamento fixo que nada vai dar certo, mas esse pensamento inútil permanece, que um dia, talvez...
É incrível esse sonho que toda menina tem de encontrar alguém para dizer "eu te amo" e ser correspondida.
Já tornou ridículo esse sonho para mim, já sofri demais para acreditar em contos de fada, e já vi de perto a realidade para perceber que tudo não passa de ilusão, e também é tudo imaginário.
Já acreditei, já sofri, e mais uma vez, eu quero estar em outra estação quando ouvir palavras carinhosas ou não, quero estar longe quando ser tratada com carinho.
Como a experiência lisérgica, é apenas uma ilusão, aumenta os batimentos cardiacos mas logo bate aquela tal "bad trip" percebendo que aquela felicidade daquele momento, restaram apenas a tristeza, a felicidade foi gasta, a ilusão percebida e que tudo o que restou foi o "sentir-se só".
É simples usar as pessoas brincando com os sentimentos delas, mas depois de algum tempo percebi que isso não leva a nada. Só machuca, e aprendi que o com o coração, não se brinca.


"É uma dor que dói no peito, podem rir agora..."